quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Dragão





O dragão é um clássico da tatuagem um dos motivos mais, popular para homens e mulheres, essa influencia vem da cultura oiental, precisamente da japonesa e chinesa.  Estes lagartos gigantescos, alados  são rememorativos as criaturas pré-históricas se assemelham aos dinossauros que vagaram a milhões de anos na terra, o fato é que ele pode ter existido fora da imaginação humana também.
O dragão representa os elementos beneficentes e malévolos, isso depende em qual parte do mundo ele é representado, exemplo claro disso é nossa cultura que tem o dragão como um símbolo do negativo, clara evidencia disso esta na imagem de São Jorge matando o dragão que representa o ser malévolo e assim se saído soberano na batalha vencida do bem contra o mal.
a China, estas criaturas mitológicas eram o símbolo do sobrenatural e de poder imperial, residindo nos reinos divinos, eles eram freqüentemente representados com  imagens ao redor de nuvens e trovão, assim se tornaram as deidades de chuva para os agricultores. Como uma criaturas de formas inconstantes, se tornaram mitos e lendas de cultura chinesa, é dito que o dragão é o antepassado de pessoas chinesas, no Japão, foi feita uma reivindicação semelhante quando um certo imperador declarou que ele era um descendente direto de um dragão poderoso e imortal. Não é surpreendente que a imagem do dragão apareça nos roupões dos imperadores, enquanto significando os poderes protetores do dragão como também o poder temporal do imperador.
Os Dragões representam os quatro elementos, conseqüentemente as histórias e mitos de dragões tem ralações com Ar, Água, Terra e Fogo, cada um destes dragões elementares tiveram características sem igual. Além dos dragões elementares havia também dragões especiais sem mito, lenda ou conhecimento, dragões que vigiavam tesouros ou dragões que eram encarregados com tarefas especiais tais como resolver problemas particulares, tais como os orixás de nossa cultura.
Lendas japonesas e mitos formavam a imagem dos dragões e tiveram nas Pérolas de que eles segurava, a representatividade de serem os guardiões da sabedoria e outras jóias ou artigos com propriedades mágicas que carregaram grande poder a esses que possuíram isto. O conhecimento japonês e chinês também está cheio de histórias de criaturas que, pelos atributos especiais, foram se transformado em dragões, como exemplo temos a  Carpa e Koi que pela sua perseverança em viagens e lutas, no final eram transformadas em dragões.
No nono século, o chinês incorporou o dragão em conceitos budistas e arte onde assumiu o papel de proteger Buddha e a lei sagrada de Budismo, eles passaram a serem vistos em cima de portas de templos e em paredes de tumbas, repelindo espíritos maus a imagens de dragões mais comuns são as que apareceram século 9º eles possuem um  corpo longo, escamoso, os pés com garras, chifres pequenos, olhos grandes debaixo de sobrancelhas fechadas, e dentes afiados e quase sempre pintados com as cores do arco-iris.
Os olhares serpentinos do dragão conotaram mal.
Nas batalhas por toda parte os impérios romanos e gregos, os guerreiros ostentaram o emblema do dragão como um símbolo de terror, foram vistos por Vikings em seus  navios, e na culturas Célticas era o emblema de poder soberano.
Onde quer que o dragão aparecesse, sua força e poder eram supremos, se usado como proteção, ou uma força para não ser superado.
Derrotar o dragão era o teste supremo de coragem humana e fortaleza são muitas as lendas de heróis da Grécia antiga que lutavam com os guardiães de lagos e portais. 
Hoje nós vemos o dragão em todos seus aspectos fantásticos, divinos e monstruosos a astrologia chinesa diz que se você nascer debaixo do signo do dragão, você será um líder, embora um mandão, e em Feng Shui, quando você coloca moedas do ‘Yang ' Dragão amarrado junto com moedas do ‘Yin ' que chances de felicidades matrimoniais alcançarão alturas divinas.
O desígnio de tatuagem de dragão simboliza nobreza, magia, o poder de transformação e imaginação, perseverança, lealdade, poder e a habilidade para transcender o usual para esses que vencem os dragões do dia a dia, o dragão representa coragem, dever, honra e a frase mais nobre ao meu ver que se seguida a risca ou seja colocada em pratica no nosso dia a dia nossas vidas se transformariam, de forma surpreendente.
E quem entre nós não persegue grandes feitos que revelará o melhor de nós mesmos, se é esse o seu caso você deve se entregar ao poder extraordinário do dragão e telo como como um símbolo que marque seu corpo para eternidade.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

O novo feliz

Ontem, voltando pra casa cedo porque não tenho mais saco nem pra balada, nem pra papinho de balada, nem pra cigarro, muito menos pra garotinhas que dançam na pista olhando a bunda no espelho e garotos que perguntam “ah, você escreve? Mas trabalha com o quê?”, tive o insight do ano: a pessoa mais chata do mundo é a pessoa “nova feliz”.

Sabe o cara que foi pobre e brega a vida inteira e de repente começa a ganhar grana? Que ele faz? Pagode, churrasco, barulho, compra carro vermelho importado e escurece os vidros, vai pra Paris e faz aquela foto super criativa segurando uma miniatura da Torre Eiffel (mas é a Torre mesmo, num magnífico efeito de ilusão de ótica ), enche a cara na balada e trata o garçom como alguém de uma casta muito distante e inferior, bota sunga branca e faz pose de ladinho em coqueiro torto. Todo mundo sabe e reclama “novo rico é uma merda”.
Mas nada é pior do que o novo feliz, o cara que foi triste a vida inteira e de repente começa a ficar feliz.
O novo feliz, assim como o novo rico, quer que todo mundo veja que agora ele está podendo. A única diferença é que o novo rico chega de Audi e o novo feliz chega acompanhado de seu belo, novo e caro sorriso. Coisa pra poucos.
O novo feliz é o famoso puxa pista. É o cara que não foi feliz aos vinte anos, época que era engraçadinho chamar os outros pra “bombar com aquela música”. O problema é que o novo feliz só conseguiu grana pro psiquiatra e pro Prozac aos trinta. Época em que todos os seus amigos já não querem mais saber de se acabar nas baladas. Mas ele super anima a galera “cara, vamo aê, meu! Cê tá muito velho! Desarma esse corpo!”.
O novo feliz, assim como o novo rico, ainda não sabe lidar com sua nova situação. Por isso tanta alegria lhe sobe à cabeça: só fala na sua felicidade, mostra as gengivas além da conta, esbanja piadas. Sua boa disposição e humor chegam a ser arrogantes.
Ele não tem pressa, está apenas super envolvido com as coisas. Ele não tem ansiedade, está apenas muito empolgado com o mundo. Ele não corre porque está estressado, mas porque quer sentir a vida. Mais um pouco de fluoxetina e ele dá a bunda.
O novo feliz é o cara que te recrimina por estar puto porque o trânsito não anda. É o cara que recrimina seu olhar realista e um pouco cansado pras coisas do mundo que são como são. É o cara que sempre agüenta mais meia hora na noitada, afinal, todo mundo é velho, menos ele. O que ele não entende é que você não está exatamente velho, apenas está maduro em sua alegria, você não precisa mais pular na pista e encher a cara pra ser feliz, com um livrinho embaixo das cobertas (ou um amorzinho legal) você já consegue essa proeza.
O novo feliz, seja porque começou a tomar remédios, seja porque fez imersão em Freud em algum encontro da firma em Hotel Fazenda “liderando com liderança”, seja porque ficou magro ou seja porque é o mais novo seguidor do The Secret, é o dono da razão, das festas, da sapiência e do verdadeiro significado da vida. Coisa que a gente achava que era com quatorze anos e era bonitinho. O novo feliz adquire instantaneamente um cérebro de treze anos.
O novo feliz é cheio de amigos novos felizes (e um ou outro eterno feliz que se comporta eternamente como se isso fosse uma novidade). Juntos, essa galera tão novata na alegria ocupa seu tempo organizando muito sexo, muitas festas, muitas viagens e muita qualquer outra coisa que tenha gente insegura dando soquinhos no ar.
A verdade é que o novo feliz é a coisa mais deprê do mundo.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Essa foi divertida



Outro dia tava olhando o perfil de uma conhecida do Orkut e vi uma auto definição perfeita, de uma maneira completa como raramente se vê, logo eu, apaixonada por auto definições.

Vivo lendo-as na esperança de um dia me auto definir com magnitude rss

Ja li as de Fernando, de Clarice, de Pessoa ja até esbocei algumas minhas mas me irrito e apago talvez a inconstância seja minha auto definição.

Mas voltando ao foco ... foi então que retirei um trecho e perguntei ao meu grande amigo Google ... de quem é? o que é isso? ... hahahaha

Entao fui encaminhada ao Blog da Martha ai ai ai logo eu que ando tao Martha ...

E achei genial a cronica e nao resisti a fazer a minha tb hahaha

Segue entao a original e a minha versão ... aproveitem e façam a de vcs é bom ...


Quem sou eu? Por Martha Medeiros

Quando não temos nada de prático nos atazanando a vida, a preocupação passa a ser existencial. Pouco importa de onde viemos e para onde vamos, mas quem somos é crucial descobrir.

A gente é o que a gente gosta. A gente é nossa comida preferida, os filmes que a gente curte, os amigos que escolhemos, as roupas que a gente veste, a estação do ano preferida, nosso esporte, as cidades que nos encantam. Você não está fazendo nada agora? Eu idem. Vamos listar quem a gente é: você daí e eu daqui.

Eu sou outono, disparado. E ligeiramente primavera. Estações transitórias.
Sou Woody Allen. Sou Lenny Kravitz. Sou Marilia Gabriela. Sou Nelson Motta. Sou Nick Hornby. Sou Ivan Lessa. Sou Saramago.

Sou pães, queijos e vinhos, os três alimentos que eu levaria para uma ilha deserta, mas não sou ilha deserta: sou metrópole.

Sou bala azedinha. Sou coca-cola. Sou salada caprese. Sou camarão à baiana. Sou filé com fritas. Sou morango com sorvete de creme. Sou linguado com molho de limão. Sou cachorro-quente com mostarda e queijo ralado. Do churrasco, sou o pão com alho.
Sou livros. Discos. Dicionários. Sou guias de viagem. Revistas. Sou mapas. Sou Internet. Já fui muito tevê, hoje só um pouco GNT. Rádio. Rock. Lounge. Cinema. Cinema. Cinema. Teatro.
Sou azul. Sou colorada. Sou cabelo liso. Sou jeans. Sou balaio de saldos. Sou ventilador de teto. Sou avião. Sou jeep. Sou bicicleta. Sou à pé.

Você está fazendo sua lista? Tô esperando.
Sou tapetes e panos. Sou abajur. Sou banho tinindo. Hidratantes. Não sou musculação, mas finjo que sou três vezes por semana. Sou mar. Não sou areia. Sou Londres. Rio. Porto Alegre.
Sou mais cama que mesa, mais dia que noite, mais flor que fruta, mais salgado que doce, mais música que silêncio, mais pizza que banquete, mais champanhe que caipirinha. Sou esmalte fraquinho. Sou cara lavada. Sou Gisele. Sou delírio. Sou eu mesma.

Agora é sua vez.

Quem sou eu por Ju hehehe

Eu sou todas as estações cada uma a seu tempo

Sou Giuseppe Tornatore. Sou Chico Buarque. Sou Chico Science. Sou Kiss, Methalica. Enya, Sou Tom Jobin. Sou Martha Medeiros, Tati Bernardi. Sou Mario Quintana. Sou Fernando Pessoa. Sou Clarice Lispector. Sou Iemanja. Sou São Francisco.

Sou família reunida, sou o gênio da minha avó, sou balada sozinha, sou momentos de solidão, troca de olhares, desafio mental, longos papos, buteco com sinuca, sou risada muita risada, sou fotografia, sou meu cachorro. Sou paixão e compaixão. Sou amizade.

Sou frio na barriga, sou caridade, sou meu trabalho, sou audiência, petição, argumentação. Sou raios e trovoes. Sou dias de Sol. Sou Filosofia. Sou Poesia. Sou Gastronomia. Cultura Geral.

Sou feijão, arroz, e pimenta malagueta, meus três alimentos que eu não levaria para uma praia deserta, por não ser pratico (hehehe), e eu sou praia deserta, desde que perto da metrópole.

Sou bala de melancia e de goma. Sou coca zero. Sou camarão de qualquer jeito. Sou X bacon com fritas. Sou coxinha, Pastel. Sou cereja com chocolate. Sou sardinha frita e congrio a belle mounier. Sou cachorro-quente com batata palha e muito molho. Do churrasco mal passado, sou tb o coraçãozinho.

Sou livros. MP3. Dicionários. Vademecum. Revistas. Sou mapas. Sou Internet. Não sou TV. Sou Rádio. Rock. MPB. House. Sertanejo. Samba de Raiz. Blues. Lounge. Cinema. Desenho Animado. Circo. Propagandas.


Sou vermelho. Sou corinthiana. Sou cabelo liso. Sou vestidos. Sou liquidação. Sou ventilador de teto. Sou carro. Sou barco. Sou à pé.

Você está fazendo sua lista? Tô esperando.

Sou tapetes e almofadas. Sou abajur. Sou banho quente. Perfumes. Sou mar. Sou areia. Sou Balneário Camboriu. Lages. Santos.

Sou mais mesa que cama, sou fim de tarde, mais flor que fruta, mais salgado que doce, mais música que silêncio, mais improvisos que banquete, mais cerveja que caipirinha. Sou esmalte vermelho. Sou cara lavada. Sou Angelina Jolie. Sou Paradoxo. Sou eu mesma embora caledoscopica.


O permanente e o provisório


O casamento é permanente, o namoro é provisório.
O amor é permanente, a paixão é provisória.
Uma profissão é permanente, um emprego é provisório.
Um endereço é permanente, uma estada é provisória.
A arte é permanente, a tendência é provisória.
De acordo? Nem eu.

Um casamento que dura 20 anos é provisório. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que eu fui ontem, anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem pra agora, hoje é o meu dia, nenhum outro.

Amor permanente... como a gente se agarra nesta ilusão. Pois se nem o amor pela gente mesmo resiste tanto tempo sem umas reavaliações. Por isso nos transformamos, temos sede de aprender, de nos melhorar, de deixar pra trás nossos imensuráveis erros, nossos achaques, nossos preconceitos, tudo o que fizemos achando que era certo e hoje condenamos. O amor se infiltra dentro da nós, mas seguem todos em movimento: você, o amor da sua vida e o que vocês sentem. Tudo pulsando independentemente, e passíveis de se desgarrar um do outro.

Um endereço não é pra sempre, uma profissão pode ser jogada pela janela, a amizade é fortíssima até encontrar uma desilusão ainda mais forte, a arte passa por ciclos, e se tudo isso é soberano e tem valor supremo, é porque hoje acreditamos nisso, hoje somos superiores ao passado e ao futuro, agora é que nossa crença se estabiliza, a necessidade se manifesta, a vontade se impõe – até que o tempo vire.

Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível.
Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós.

A DOR QUE MAIS DÓI



Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

 

TPM em 4 fases
           Segundo a visão masculina, dividiu-se a TPM em 4 fases principais:

           *Fase 1 - a Fase Meiguinha*

           Tudo   começa   quando   a   mulher   começa  a  ficar  dengosa, grudentinha.. Bom sinal? Talvez, se não fosse mais do que o normal.  Ela  te  abraça do nada, fala com aquela vozinha de criança e com todas as palavras no diminutivo. A fase começa chegar ao fim quando ela diz que está com  uma  vontade absurda de comer chocolate. O que se segue, é uma mudança sutil  desse  comportamento, aparentemente inofensivo, para um temperamento um pouco mais depressivo.

           *Fase 2 - a Fase Sensível*

Ela passa a se emocionar com qualquer coisa, desde uma pequena rachadura em forma  de  gatinho  no  azulejo  em frente à privada, até uma reprise de um documentário sobre a vida e a morte trágica de Lady Di. Esse estágio atinge um  nível  crítico  com uma pergunta que assombra todos os homens, desde os inexperientes até os mais escolados como o meu pai:  - Você acha que eu estou gorda? Notem  que  não  é  uma  simples  pergunta  retórica. Reparem na entonação, na escolha das palavras. O uso simples do verbo 'estou' ao invés da  combinação  'estou  ficando',  torna  o  efeito  da pergunta muito mais explosiva do que possamos imaginar.  E essa pergunta, meus amigos, é só o começo da pior fase da TPM. Essa  pergunta  é a linha divisória entre essa fase sensível da mulher para uma fase mais irascível.

           *Fase 3 - a Fase Explosiva*

           Meus amigos, essa é a fase mais perigosa da TPM.  Há  relatos  de  mulheres  que  cometeram verdadeiros genocídios nessa   fase.  Desconfio  até  que  várias  limpezas  étnicas  tenham  sido comandadas  por  mulheres  na TPM. Exagero à parte, realmente essa é a pior fase  do  ciclo  tepeêmico.  Você  chega  na casa dela, ela está de pijama, pantufas e descabelada. A cara não é das melhores quando ela te dá um beijo bem  rápido,  seco e sem língua. Depois de alguns minutos de silêncio total da  parte  dela,  você percebe que ela está assistindo aquele canal japonês que  nem ela nem você sabem o nome. Parece ser uma novela ambientada na era feudal. Sem legendas... Então,  meio  sem  graça,  sem saber se fez alguma coisa errada, você faz aquela famosa pergunta: 'Tá tudo bem?  A resposta é um simples e seca: -"Táhh"! sem olhar na sua cara.  Não  satisfeito, você emenda um 'Tem certeza?', que é respondido mais  friamente com um rosnado baixo e cavernoso 'Teenhoo.'. Aí, como somos legais  e  percebemos que ela não tá muito a fim de papo, deixamos quieto e passamos  a  tentar acompanhar o que Tanaka está tramando para tentar tirar Kazuke de Joshiro, o galã da novela que... - Merda, viu!? - ela rosna de repente.  - Que foi?  A Fase Explosiva acaba de atingir o seu ápice com essa pergunta. Sem  querer,  acabamos  de  puxar  o gatilho. O que se segue são broncas do tipo:  -  Você não liga pra mim! Tá vendo que eu to aqui quase chorando e você  nem  pergunta  o  que eu tenho! Mas claro! Você só sabe falar de você mesmo! Ah,  o  seu  dia  foi uma droga? O meu também! E nem por isso eu fico  aqui  me  lamuriando com você! E pára de me olhar com essa cara! Essa que  você faz, e você sabe que me irrita! Você não sabe! Aquele vestido que você me deu ficou apertado! Aaaai, eu fico looooouca quando essas coisas me acontecem! Você também, não quis ir comigo no shopping trocar essa droga! O pior  de tudo é que hoje, quando estava indo para o trabalho, um motoqueiro mexeu  comigo  e  você  não fez nada! Pra que serve esse seu Jiu Jitsu? Ah,você  não estava comigo? Por que não estava comigo na hora? Tava com alguma vagabunda?  Aquela  sua  colega  de trabalho, só pode ser ela. E nem pra me trazer  um chocolate! Cala sua boca! Sua voz me irrita!  Aliás, vai  embora antes que eu faça alguma besteira. Some da minha frente!            Desnorteado,  você pede o pinico e sai. Tenta dar um beijinho de boa noite e quase leva uma mordida.

           *Fase 4 - a Fase da Cólica*

           No  dia  seguinte  o  telefone toca. É ela, com uma voz chorosa, dizendo  que  está com uma cólica absurda, de não conseguir nem andar. Você vai  à   casa  dela  e  ela  te  recebe dócil, superamável. Faz uma cara de coitada,  como  se nada tivesse acontecido na noite anterior, e te pede pra ir  à  farmácia  comprar um Atroveran, Ponstan ou Buscopan pra acabar com ador  dela.Você sai pra comprar o remédio meio aliviado, meio desconfiado 'O que aconteceu?', você se pergunta. 'Tudo bem'. Você pensa: 'Acho que ela se livrou  do  encosto'. Pronto!  A  paz  reina  novamente.  A  cólica  dobra (literalmente) a fera e vocês voltam a ser um casal feliz.  Pelo menos até daqui a 20 dias...

          
           P.S.:  O  PIOR  NÃO É ISSO, O PIOR É QUE ELAS ESTÃO LENDO ISTO E
ESTÃO DANDO RISADA!!!   ESTÃO DIZENDO, SOU ASSIM MESMO, E DAÍ?

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

CERVEJA

 História da Cerveja

Há cerca de 10 mil anos, o homem antigo descobriu, por acaso, o processo de fermentação, no que surgiram, em pequena escala, as primeiras bebidas alcoólicas. Mais tarde, a cerveja era produzida inicialmente pelos padeiros, devido a natureza dos ingredientes que utilizavam: leveduras e grãos de cereais. A cevada era deixada de molho até germinar e, então, moída grosseiramente, moldada em bolos aos quais se adicionava a levedura. Os bolos, após parcialmente assados e desfeitos, eram colocados em jarras com água e deixados fermentar.

Há evidências de que a prática da cervejaria originou-se na região da Mesopotâmia onde a cevada cresce em estado selvagem. Os primeiros registros de fabricação de cerveja têm aproximadamente 6 mil anos e remetem aos Sumérios, povo mesopotâmico. A primeira cerveja produzida foi, provavelmente, um acidente. Documentos históricos mostram que em 2100 a.C. os sumérios alegravam-se com uma bebida fermentada, obtida de cereais. Na Suméria, cerca de 40% da produção dos cereais destinavam-se às cervejarias chamadas "casas de cerveja", mantida por mulheres. Os egípcios logo aprenderam a arte de fabricar cerveja e carregaram a tradição no milênio seguinte, agregando o líquido à sua dieta diária. 

A cerveja produzida naquela época era bem diferente da de hoje em dia. Era escura, forte e muitas vezes substituía a água, sujeita a todos os tipos de contaminação, causando diversas doenças à população. Mas a base do produto, a cevada fermentada, era a mesma.

A expansão definitiva da cerveja se deu com o Império Romano, que se encarregou de levá-la para todos os cantos onde ainda não era conhecida. Júlio César era um grande admirador da cerveja e, em 49 a.C., depois de cruzar o Rubicão, ele deu uma grande festa a seus comandantes, na qual a principal bebida era a cerveja. A César também é atribuída a introdução de cerveja entre os britânicos, pois quando ele chegou à Britânia, esse povo apenas bebia leite e licor de mel. Através dos romanos a cerveja também chegou à Gália, hoje a França.

E foi aí que a bebida definitivamente ganhou seu nome latino pelo qual conhecemos hoje. Os gauleses denominavam essa bebida de cevada fermentada de “cerevisia” ou “cervisia” em homenagem a Ceres, deusa da agricultura e da fertilidade. 

Na Idade Média, os conventos assumiram a fabricação da cerveja que, até então, era uma atividade familiar, como cozer o pão ou fiar o linho. Pouco a pouco, à medida que cresciam os aglomerados populacionais e que se libertavam os servos, entre os séculos VII e IX, começaram a surgir artesãos cervejeiros, trabalhando principalmente para grandes senhores e para abadias e mosteiros. O monopólio da fabricação da cerveja até por volta do século XI continuou com os conventos que desempenhavam relevante papel social e cultural, acolhendo os peregrinos de outras regiões. Por isso, todo monastério dispunha de um albergue e de uma cervejaria. Os monges por serem os únicos que reproduziam os manuscritos da época, puderam conservar e aperfeiçoar a técnica de fabricação da cerveja. 

Com o aumento do consumo da bebida, os artesãos das cidades começaram também a produzir cerveja, o que levou os poderes de públicos a se preocupar com o hábito de se beber cerveja. As tabernas ou cervejarias eram locais onde se discutiam assuntos importantes e muitos negócios concluíam-se entre um gole e outro de cerveja. A partir do séc. XII pequenas fábricas foram surgindo nas cidades européias e com uma técnica mais aperfeiçoada, os cervejeiros já sabiam que a água tinha um papel determinante na qualidade da cerveja. Assim a escolha da localização da fábrica era feita em função da proximidade de fontes de água muito boa. 

Com a posterior invenção de instrumentos científicos (termômetros e outros), bem como o aperfeiçoamento de novas técnicas de produção, o que bebemos hoje é uma agregação de todas as descobertas que possibilitaram o aprimoramento deste nobre líquido.


Famílias e Tipos de Cerveja

Atenção, abrir em uma nova janela.
Já ouvimos frases como: "Eu prefiro cerveja Lager a Pilsen!". Ou ainda: "Não gosto de Ales mas adoro cervejas de trigo." Esses cervejeiros sabem do que estão falando? Definitivamente, não. E pra você não dar nenhuma bola fora quando o assunto for esse, elaboramos um pequeno manual.
As cervejas se caracterizam por suas famílias e tipos. No caso do exemplo citado antes, a cerveja do tipo Pilsen faz parte da família Lager. E as cervejas de trigo (Weizenbier) fazem parte da família Ale.
Para acabar de vez com essas confusões, só aceitáveis depois de alguns copo a mais, vamos falar um pouco sobre cada família e tipo de cerveja. São três famílias que se diferem pelo tipo de levedura que utilizam e sua atuação durante o processo:

Família LAGERS:

Cervejas de baixa fermentação.

Normalmente são cervejas douradas e filtradas, mas também temos as variações escuras.
Exemplos de Lagers:
- Pilsen: cerveja clara, filtrada, leve amargor, original da cidade de Pilsen.
- Malzbier: malte caramelizado, cerveja escura e adocicada.
- Bock: cerveja avermelhada, teor alcoólico entre 6%.

Família ALES:

Cervejas de alta fermentação.

Geralmente possuem maior corpo e paladar frutado.
Exemplos de Ales:
- Weizenbier, Weissbier ou Weisse: cervejas de trigo, geralmente não filtradas.
- Stout: malte tostado, cerveja escura, médio/alto amargor.
- Trapista: cerveja feita pelos monges trapistas Belgas
- Glühbier: do alemão Glüh = incandescente + Bier = cerveja – é uma cerveja que deve ser colocada em banho-maria.

Família LAMBICS:

Cervejas de fermentação espontânea.

São bem distintas. Lembram a sensação de estar bebendo um vinho espumante.
Exemplos de Lambics:
- Faro: cerveja lambic com adição de açúcar
- Geuze: blend de cervejas lambic.
- Kriek: cerveja lambic com adição de cerejas durante o período de maturação em barrica.
Como você viu, dentro das três famílias temos uma variedade muito grande de tipos. A Bélgica, por exemplo, se orgulha em dizer que possui mais de 365 variedades de cerveja. Ou seja, você pode beber um tipo de cerveja a cada dia do ano. E lá, com certeza, os cervejeiros sabem do que falam. Lógico, quando não tomaram os 365 tipos em apenas um dia.


  Cuidado com o peso:

Para quem vive controlando o que come, entretando, por trás dessa deliciosa bebida escondem-se muitas calorias vazias.

Realizamos um estudo do valor calórico, das cervejas mais comercializadas no Brasil, para que você possa desfrutar as delícias da bebida sem sair da linha.

Para quem quer ingerir poucas calorias, as cervejas tipo Pilsen são as mais indicadas, enquanto que as cervejas escuras são as vilãs do regime nosso de cada dia.  


Tabela de kcalorias médias de Cervejas e Chopps

BebidaKcalorias (100 ml)
Cerveja Antárctica Pilsen43,9
Cerveja Antártica Malzbier65,9
Cerveja Bavária Pilsen36,6
Cerveja Brahma Chopp42,9
Cerveja Brahma Light27
Cerveja Brahma Extra46,9
Cerveja Brahma Malzbier55,6
Cerveja Bohemia43,9
Cerveja Budweiser43,9
Cerveja Heineken42
Cerveja Kaiser Bock57
Cerveja Kaiser Gold48
Cerveja Kaiser Pilsen43
Cerveja Kronenbier (sem álcool)26,5
Cerveja Liber (sem ácool)25
Cerveja Polar Pilsen33,9
Cerveja Summer draft43,3
Chopp Antártica43,9
Chopp Kaiser Claro43
Chopp Kaiser Escuro47

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Uma imagem vale mais que mil palavras -





Dez pedidos de um cão ao homem

1. Minha vida dura apenas uma parte de sua vida; qualquer separação de você significa sofrimento para mim. Pense muito nisso antes de me adotar.

2. Tenha paciência e me dê um tempo para que eu possa compreender o que você espera de mim. Você também nem sempre entende imediatamente as coisas.

3. Deposite sua confiança em mim, pois eu vivo disso e vou compensá-lo por isso mais do que ninguém.

4. Nunca guarde rancor de mim se eu aprontar alguma, e não me prenda "de castigo". Você tem outros amigos além de mim, tem seu trabalho e seu lazer - mas eu só tenho você.

5. Converse comigo. Eu não entendo todas as palavras, mas me faz bem ouvir sua voz falando só para mim.

6. Pense bem como você, seus amigos e visitas me tratam. Eu jamais esqueço.

7. Também pense, quando você quizer me bater, que eu poderia facilmente quebrar os ossos da mão que me machuca, mas que eu não lanço mão deste recurso.

8. Se alguma vez você não estiver satisfeito comigo, porque estou de mau humor, preguiçoso ou desobediente, imagina que talvez a minha comida não esteja me fazendo bem ou que tenho estado muito exposto ao sol, ou que meu coração já está um pouco cansado e fraco.

9. Por favor, tenha compreensão comigo quando eu envelhecer. Não pense logo em me abandonar para adotar um cãozinho novo e bonitinho. Você também envelhece.

10. E quando chegar meu último e mais difícil momento fique comigo. Não diga "não posso ver isso". Com sua presença tudo fica mais fácil para mim. A fidelidade de toda a minha vida deveria compensar este momento de dor.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Em busca da Terra do Nunca


Peter Pan pode ser doce e irresistível. O problema é quando ele resolve brincar de Capitão Gancho

por  Fernando Torres
Peter Pan, o menino que não queria crescer,         abarcou uma legião de seguidores em pleno século 21. São os “tios”, trintões e quarentões que ainda dependem dos pais, agem e se vestem como adolescentes, dedicam horas consideráveis à academia, adiam eternamente as responsabilidades (o casamento é uma delas), nunca param em um emprego e escondem a idade verdadeira a sete chaves. Soa familiar?
Esses eternos adolescentes sofrem da Síndrome de Peter Pan, um transtorno no qual as pessoas se recusam a aceitar sua idade real. “Eles têm uma visão distorcida do que é ‘normal’ para a sua idade e não conseguem cogitar a hipótese de assumir as obrigações da vida adulta”, explica a psicóloga Neila Costa. O resultado é um adulto imaturo, narcisista, egoísta e irresponsável – um menino em corpo de homem.
O problema da Síndrome de Peter Pan não é o envelhecimento físico (apesar de esta também ser uma luta da sociedade atual, como mostra o quadro ao lado). No caso da Síndrome, a dificuldade é de amadurecimento pessoal, em vários níveis psicológicos. “Na verdade, o lado moleque desse indivíduo revela a sua insegurança e o seu temor para lidar com situações que exijam maturidade” denuncia Neila.
HOMEM-MENINO
A rigor, a Síndrome de Peter Pan é predominante no sexo masculino. Apesar de não haver uma resposta universal para isso, entende-se que, por motivos biológicos, a mulher amadurece naturalmente mais cedo. O córtex pré-frontal das meninas, por exemplo, sai na frente em relação ao dos meninos. Por isso, elas conseguem desenvolver mais cedo o raciocínio abstrato e o controle dos impulsos. Com uma fase de amadurecimento mais tardia, o tempo possibilita ao menino “escolher”, por assim dizer, adiar essa etapa, o que leva ao desenvolvimento da Síndrome na construção de sua personalidade.
No entanto, a educação familiar e o contexto em que esse garoto viveu com certeza irão influenciar. “Uma mãe superprotetora, por exemplo, pode fortalecer essa tendência”, aponta a psicóloga Neila. Constatação óbvia: por trás de um homem-menino, é bem provável que haja uma mãe, que continua arrumando o seu quarto, dando palpite nas suas relações amorosas e ajudando-o financeiramente.
Se os homens são os “meninões” por excelência, são as mulheres que sofrem com isso – afinal, são elas que vão lidar com um parceiro infantilizado, que não está nem aí para o próprio comportamento. Mas, em geral, basta um rostinho bonito, um sorriso doce e uma dose de charme para Wendy cair na lábia de Peter Pan e voar com ele para a Terra do Nunca. Tudo vai bem, até ele resolver brincar de Capitão Gancho.
A armadilha se torna mais perigosa, se essa Wendy é, na verdade, uma Cinderela. É que, entre as mulheres, a tendência é o desenvolvimento do Complexo de Cinderela. Nessa síndrome, a mulher cresce acreditando na ilusão de que irá encontrar um príncipe encantado: o homem perfeito. Imagine a confusão se ela decide que esse parceiro irresistível é o Peter.
BOM MENINO
Ao aprender a lidar com as suas emoções, Peter pode vir a ser um bom menino. Se ele vier a estudar, trabalhar, enfim, construir algo com suas próprias mãos, o jeito carpe diem de levar a vida pode ser um atributo positivo e não-negativo. Por exemplo: ele irá desempenhar a sua função profissional com responsabilidade, mas sem monotonia.
É importante, porém, desestimular a fantasia e cair na real. Na prática, isso significa riscar da mente a idéia de que vai ganhar na loteria, casar-se com uma milionária e viver às custas dela ou, então, ganhar a vida viajando. Via de regra, só obtém sucesso quem trabalha duro.
Em estágios mais avançados, o homem Peter Pan pode precisar de ajuda profissional. Segundo a psicóloga Neila Costa, a abordagem formulada pelo psicólogo Karl Rogers é a mais adequada para o tratamento. “Dentro dessa linha de terapia, existem três elementos fundamentais: a empatia, a consideração positiva incondicional (atitude de aceitação) e a congruência (o terapeuta comunica suas próprias sensações e percepções ao paciente)”, expõe{.}
SOCORRO, EU ENVELHECI!
Não confunda a Síndrome de Peter Pan com o medo de envelhecer, cada vez mais freqüente em nossa sociedade. Neste último caso, as maiores vítimas são as mulheres, que enfrentam cobranças sociais desumanas, e vem daí a busca incessante pela beleza e juventude. “Quando essa busca está ligada às questões emocionais menos conscientes, os resultados podem ser catastróficos, e motivar doenças como depressão ou distúrbios de autopercepção”, avisa a psicóloga Rosilene Lima.
Mas, cedo ou tarde, todos irão perder o vigor da pele. Por isso, o melhor a se fazer é se preparar para lidar com o envelhecimento, desde o que diz respeito à saúde física, mental e espiritual. Tenha em mente o conceito de processo, já que ninguém envelhece de um dia para o outro. “A palavra processo nos permite uma melhor conscientização e preparação que devem ser pensadas e colocadas em prática durante toda uma vida”, ensina Rosilene.
Aos Pais
Dicas para evitar que seu filho voe para a Terra do Nunca
• Não o acostume a dormir na mesma cama que você.
• Quando ele começar a andar, troque rapidamente o berço por uma cama.
• Fique de olhos nos mimos dos avós.
• Não use chupeta ou mamadeira após os 2 anos.
• O mesmo vale para as fraldas, com limite de até 3 anos.
• Permita que a criança tenha fantasias, mas deixe bem claro os limites entre
    realidade e imaginação.
Consultoria: Psicóloga Neila Costa

Febre Ecologica Gera Até Funeral Ecologico

Preocupação ambiental nunca foi tão vantajosa, o que dá à luz os “eco-oportunistas”

Com o tema do aquecimento global mais popular do que nunca, todos querem parecer ecológicos. "A média de reciclagem no Brasil fica em torno de 11%. Mas você já viu o carnaval que as empresas de plástico, alumínio, papelão, pneus etc. fazem alardeando suas contribuições?", questiona o ambientalista Vilmar Berna, superintendente executivo da Rede Brasileira de Informação Ambiental. Apesar de ser referência em reciclagem de alumínio, o Brasil ainda engatinha em outros setores, e 89% do lixo não é reaproveitado. Fique esperto com os "eco-oportunistas".

Ongs de mentira
Quando pensamos em Organizações Não-Governamentais, as ONGs, geralmente imaginamos pessoas engajadas, que se preocupam com a sociedade e lutam para minimizar diferenças sociais e solucionar problemas ambientais. Mas a realidade é que esse não é um ambiente livre de "eco-oportunistas". Para Vilmar Berna, muitas pessoas aproveitam-se da falta de definição legal e de um Código de Ética Ambientalista para ganharem dinheiro vendendo projetos. Segundo o ambientalista, muitas falsas ONGs são na verdade companhias de consultoria e execução de projetos. Elas dão às empresas poluidoras que contratam seus serviços e projetos a ilusão de que estarão limpando sua imagem ambiental. Eventualmente estas descobrem que jogaram dinheiro fora, mas é tarde demais: o falsário provavelmente já terá desaparecido

Politicagem ecológica
Al Gore virou queridinho dos poderosos de Hollywood com seu documentário "Uma Verdade Inconveniente". Já Arnold Schwarzenegger transformou-se em garoto- propaganda da energia eólica e é constantemente apontado como exemplo a ser seguido. Tudo bem, precisamos mesmo ter políticos que se preocupam com o meio ambiente. Difícil é saber quais são os limites entre a ação e o marketing. Não fez nada bem à imagem de Al Gore a notícia de que sua mansão gastou 20 vezes mais energia do que a média dos lares americanos em 2006

Mania de neutralização
Não há nada mais moderno do que neutralizar suas emissões de carbono. Para quem não sabe, isso significa plantar uma quantidade de árvores que corresponda a uma absorção de gás carbônico equivalente ao que é emitido em uma atividade. A Liga das Escolas de Samba de São Paulo neutralizou as emissões de CO2 no Carnaval 2007. Até as noivas estão neutralizando as emissões de seus casamentos. Não há nada de errado em plantar árvores. Mas muita empresa adotou isso como ferramenta de marketing e adora divulgar que neutraliza suas emissões, sem que necessariamente saiba usar os recursos naturais de maneira eficiente

Casa de peixe
Uma empresa na Austrália já oferece caixões ecologicamente corretos. Eles são feitos de 90% de madeira derivada de materiais recicláveis. Para juntar as tábuas, só cola natural. Já a criativa empresa americana Eternal Reef foi mais longe no ramo do funeral ecológico. Eles prometem transformar os restos mortais em módulos que imitam recifes de corais e depositá-los no mar para criar novos hábitats

Sobre Deuses e Rezas


Rubem Alves
Perdida no meio dos viajantes que enchiam o aeroporto, ela era uma figura destoante. A roupa largada, os passos pesados, uma sacola de plástico pendurada numa das mãos – esses sinais diziam que ela já não mais ligava para a sua condição de mulher: não se importava em ser bonita. Pensei mesmo que se tratava de uma freira. Seu comportamento era curioso: dirigia-se às pessoas, falava por alguns momentos, e como não lhe prestassem atenção procurava outras com quem falar. Quando vi que ela tinha uma Bíblia na mão compreendi tudo: ela se imaginava possuidora de conhecimentos sobre Deus que os outros não possuíam e tratava de salvar a alma deles.
Meu caminho me obrigou a passar perto dela – e quando olhei para o seu rosto de perto levei um susto: eu o reconheci de outros tempos, quando ela era uma moça bonita que ria e brincava e para quem olhávamos com olhares de cobiça.
Não resisti e chamei alto o seu nome. Ela se espantou, olhou-me com um olhar interrogativo, não me reconheceu. Com razão. Os muitos anos deixam suas marcas no rosto.
– Eu sou o Rubem!
Seu rosto se iluminou pela lembrança, sorriu, e pensei que poderíamos nos assentar e conversar sobre as nossas vidas. Mas sua preocupação com a minha alma não permitia essas perdas de tempo com conversa fiada. E ela tratou de verificar se o meu passaporte para a eternidade estava em ordem:
– Você continua firme na fé!?
– Mas de jeito nenhum. Então você deixou de ler a Bíblia? Pois lá está dito que Deus é espírito, vento impetuoso que sopra em todo lugar, o mesmo vento que ele soprou dentro da gente para que respirássemos, fôssemos leves e pudéssemos voar. Quem está no vento não pode estar firme. Firmes são as pedras, as tartarugas, as âncoras. Você já viu um papagaio firme? Papagaio firme é papagaio no chão, não voa. Pois eu estou mais é como urubu, lá nas alturas, flutuando ao sabor do imprevisível Vento Sagrado, sem firmeza alguma, rodando em largos círculos.
Ela ficou perdida, acho que nunca havia ouvido resposta tão estranha, mudou de tática e tentou pegar a minha alma do outro lado, desatou a falar de Deus, informou-me que ele é maravilhoso etc., etc., etc., como se estivesse no púlpito em celebração de domingo.
Refuguei e disse:
– Acho que quem não está firme em Deus é você. Olha, passei a noite toda respirando, estou respirando desde que acordei, e juro que agora é a primeira vez que penso no ar. Não pensei nem falei no ar porque somos bons amigos. Ele entra e sai do meu corpo quando quer, sem pedir licença. Mas a história seria outra se eu estivesse com asma, os brônquios apertados, o ar sem jeito de entrar, ou, como naquele anúncio antigo do xarope Bromil, o coitado do homem sufocado por uma mordaça, gritando pelo ar que lhe faltava. Por via das dúvidas até andaria com uma garrafa de oxigênio na bagagem, para qualquer emergência.
E continuei:
– Pois Deus é como o ar. Quando a gente está em boas relações com ele não é preciso falar. Mas quando a gente está atacado de asma, então é preciso ficar gritando pelo nome dele. Do jeito como o asmático invoca o ar. Quem fala com Deus o tempo todo é asmático espiritual. E é por isso que andam sempre com Deus engarrafado na Bíblia e outros livros e coisas de função parecida. Só que o vento não pode ser engarrafado...
Aí ela viu que minha alma estava perdida mesmo e, como consolo, fez um sinal de adeus e disse que iria orar muito por mim. Aí eu protestei, implorei que não o fizesse. Disse-lhe que eu tinha medo de que Deus ficasse ofendido. Pois há rezas e orações que são ofensas. É óbvio: se vou lá, bater às portas de Deus, pedindo que ele tenha dó de alguém, eu lhe estou imputando duas imperfeições que, se fosse comigo, me deixariam muito bravo.
Primeiro, estou dizendo que não acredito no amor dele, deve ser meio fraquinho, sem iniciativa, preguiçoso, à espera do meu cutucão. Se eu não der a minha cutucada, Deus não se mexe. E isso não é coisa de ofender Deus? Segundo, estou sugerindo que Ele deve andar meio esquecido, desmemoriado, necessitado de um secretário que lhe lembre suas obrigações. E trato de, diariamente, apresentar-lhe a sua agenda de trabalho. Mas está lá nos salmos e nos evangelhos que Deus sabe tudo antes que a gente fale qualquer coisa. Ora, se a gente fica no falatório é porque não acredita nisso. Não acredito em oração em que a gente fala e Deus escuta. Acredito mesmo é na oração em que a gente fica quieto para ouvir a voz que se faz ouvir no meio do silêncio.
Voltei à minha amiga:
– Veja você. Tive um filho que estudava longe. Eu gostava dele. Ele gostava de mim. De vez em quando a gente se falava ao telefone. E o dinheiro da mesada ia sempre, com telefonema ou sem telefonema. Agora imagine: de repente começo a perceber telefonemas dele três vezes por dia e mensagens por sedex, cartas e telegramas louvando o meu amor, agradecendo a minha generosidade... Você acha que isso me faria feliz? De jeito nenhum. Concluiria que o meu pobre filho havia endoidecido e estava acometido de um terrível medo de que eu o abandonasse. Pois é assim mesmo com Deus: quem fica o dia inteiro atrás dele, com falatório, é porque desconfia dele. Mas o pior é o gosto estético que assim se imputa a Deus. Uma pessoa que gosta de passar o dia inteiro ouvindo os outros repetindo as mesmas coisas, as mesmas palavras, as mesmas rezas, pela eternidade afora, não deve ser muito boa da cabeça. Para mim isso é o inferno. Quem reza demais acha que Deus não funciona bem da cabeça. Acho que ele ficaria mais feliz se, em vez do meu falatório, eu lhe oferecesse uma sonata de Mozart ou um poema da Adélia...
Mas aí o alto-falante chamou o meu vôo, tive de me despedir, e imagino que ela ficou aflita, temerosa de que Deus derrubasse meu avião com um raio. Mal sabia ela que Deus nem mesmo havia ouvido a nossa conversa pois, cansado das doidices dos adultos, ele foge sempre que vê dois deles conversando e se esconde deles, disfarçado de criança
Publicado em :Rubem Alves, TEOLOGIA DO COTIDIANO, Meditações